texto Ricardo Anderßos
O novo padrπo que permite navegaτπo em ambientes 3D na Internet, a Virtual Reality Markup Language, promete transformar totalmente a aparΩncia da Rede das Redes. Desde meados deste ano, a rede assiste a um boom de pßginas com ambientes ou objetos criados em VRML. A NEO vai ajudar vocΩ a copiar e instalar em seu micro o WebSpace, primeiro browser VRML. E depois vai guiß-lo pelos melhores lugares para vocΩ ver, interagir e construir seus pr≤prios objetos virtuais. VocΩ poderß atΘ participar, com pessoas de todo o planeta, da construτπo coletiva da primeiro mundo virtual.
Com o crescimento das redes de computadores, os pesquisadores da RV reorientaram seu trabalho no sentido de criar interfaces tridimensionais para a interaτπo com as mßquinas. Em 1994, durante a World Wide Web Conference, que aconteceu em Genebra, Mark Pesce e Toni Parisi, da Intervista Company, divulgaram as especificaτ⌡es iniciais de um novo padrπo batizado de VRML, ou "Virtual Reality Markup Language", voltado para a construτπo de ambientes tridimensionais na Internet. Como sua pesquisa estava apenas no comeτo, eles convidaram toda a comunidade de desenvolvedores da Internet a estabelecer conjuntamente as especificaτ⌡es da nova linguagem.
A partir daφ, o desenvolvimento do VRML passou a ser totalmente cooperativo. Um mail-list sobre o tema foi criado dentro do site da revista "Wired" na Internet, sob coordenaτπo do pr≤prio Mark Pesce. O princφpio do trabalho era o simples: qualquer um poderia participar do desenvolvimento, desde que concordasse em dividir o resultado do seu trabalho com a comunidade de pesquisadores. Essa foi uma maneira original de criar um rede internacional de desenvolvimento que conseguiu, em poucos meses, resolver os principais problemas tΘcnicos do VRML.
Nessa altura, a cooperaτπo para o desenvolvimento das normas de programaτπo cedeu lugar α tentaτπo de explorar novo o formato comercialmente. Estava aberta a corrida pelo browser universal VRML. O sucesso internacional do Netscape _que Θ hoje, indiscutivelmente, o padrπo de navegaτπo na Web_ levou vßrias empresas a se jogarem no desenvolvimento de browsers VRML, na tentativa de estabelecerem o novo padrπo para navegaτπo em ambientes virtuais na Internet. Se a Silicon Graphics saiu na frente, com a livre distribuiτπo do WebSpace iniciada em abril de 1995, essa corrida estß longe de ter um vencedor. Pelo menos dez browsers foram apresentados por diferentes empresas nos ·ltimos meses, como o VRweb, o WebFX e o WorldView. Vßrios outros estπo com o lanτamento programado para os pr≤ximos meses. A expectativa Θ de que, atΘ meados de 1996, cada usußrio da Internet terß um desses browsers instalados em seu computador.
A Web jß oferece vßrios sites com exemplos de VRML. Galerias de arte (Arc Gallery), projetos arquitet⌠nicos (UCLA Department of Architecture), quφmicos (Technical University of Darmstadt) e sites dedicados ao lazer (Virtual Vegas, Wax Web) sπo alguns dos primeiros sites VR da Internet.
╔ claro que essa linguagem tem suas limitaτ⌡es, principalmente nas texturas e mapeamento de objetos, que ficam muito aquΘm do que Θ oferecido por qualquer arquivo FLI ou FLC rodando a 320 por 240 pixels. Mesmo a expressπo "realidade virtual", aplicada ao VRML, tem gerado polΩmica. Alguns pesquisadores sustentam que a Realidade Virtual implica em imersπo _voltamos aos ≤culos e luvas_, coisa que o VRML, por hora, ainda nπo oferece. Mas qualquer um acostumado com os rßpidos avanτos no mercado de informßtica Θ capaz de imaginar o que o desenvolvimento do padrπo VRML pode oferecer aos usußrios de microcomputadores dentro de um ano ou dois.
